Quase toda paciente que adentra nossa clínica procura entender porque há uma diversidade tão grande de tratamentos estéticos para o mesmo problema: gordura localizada!
Você já recebeu alguma explicação sobre os princípios de atuação de cada tratamento? Sabe dizer o que diferencia ou aproxima as diversas técnicas entre si?
Antes de qualquer outra informação, temos o cuidado de explicar à cliente a estrutura própria do tecido adiposo cuja função primordial é - como aponta Junqueira e Carneiro (1999) - servir como reserva energética do organismo, atuando também como isolante térmico(ajudando na manutenção da temperatura do corpo) e como amortecedor (proteção contra choques mecânicos).
Apesar de possuir uma função biológica importante, o tecido adiposo é indesejável em excesso. Em animais sedentários, quando o gasto de energia com atividades diárias é menor do que sua ingestão, o organismo transfere a energia em excesso para a formação de lipídios, depositados no tecido adiposo. Esse depósito aumenta o peso e o volume corporal, implicando em alterações morfológicas e sobrecarga do coração e dos pulmões, responsáveis pela oxigenação de um volume corporal maior do que o esperado.
Sendo um dos tipos de tecido conjuntivo, o tecido adiposo apresenta-se de duas formas (unilocular e multilocular), ao passo que a forma unilocular é responsável pela formação do panículo adiposo (camada de gordura disposta sob a pele), também conhecido como tecido adiposo subcutâneo que, devido à sua má circulação, favorece o acúmulo de gorduras, líquidos e toxinas, associado à perda de elasticidade da pele.
É imprescindível lembrarmos que “a diferença entre a estrutura do tecido celular subcutâneo masculino e feminino é devida à presença no septo do tecido adiposo das mulheres, de uma predisposição ao sequestro da gordura para dentro de coleções (bolsas). Desta forma, trata-se de um tecido pouco oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo” (GARBERO, M.F., 2010).
É por isso, querido(a) amigo(a)-cliente, que a maior parte dos procedimentos destinados ao tratamento da gordura localizada busca a melhora da circulação local, aumentando o metabolismo e, consequentemente, a diminuição da molécula (vacúolo) de gordura deste tecido adiposo subcutâneo, por meio da lipólise.
Salientamos, ainda, que os procedimentos estéticos conservadores (não-invasivos) são capazes de promover - em linguagem comum - uma espécie de “esvaziamento” do vacúolo de gordura, mas a célula continua intacta e, por isso mesmo, é tão importante associar o tratamento estético a uma dieta balanceada e à prática de exercício físicos, impedindo que a gordura (que cai na corrente sanguínea por meio da lipólise) volte a se acumular onde não desejamos!!!
Há sempre muito a se ganhar, quando estamos determinados a desenvolver um tratamento sério e, principalmente, mudança de hábitos! Você pode conquistar o corpo tão sonhado!
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